DIVERSOS

Chegou a noite, falta-me a poesia

Para falar da lua na janela

A minha mente prenhe de elegia

Não concebeu qualquer verso pra ela.

Respiração sem ânimo, vadia

Faz do meu ser um vate de tigela

Somente um corpo na sala vazia

Um peso morto que o viver revela.

Que sob a sombra a remoer bobagens

Não vê que a vida é só pretexto à história

E esse momento, um marco da memória.

Que segue alheio ao rol dos muitos bens

Que estar aqui, por-si nos propicia

E fica imerso em sua egolatria.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 04/04/2012
Código do texto: T3595024