DIVERSOS
Chegou a noite, falta-me a poesia
Para falar da lua na janela
A minha mente prenhe de elegia
Não concebeu qualquer verso pra ela.
Respiração sem ânimo, vadia
Faz do meu ser um vate de tigela
Somente um corpo na sala vazia
Um peso morto que o viver revela.
Que sob a sombra a remoer bobagens
Não vê que a vida é só pretexto à história
E esse momento, um marco da memória.
Que segue alheio ao rol dos muitos bens
Que estar aqui, por-si nos propicia
E fica imerso em sua egolatria.