-CULPA-
Bem como pedrada de catapulta
Não derruba o muro dessa culpa
Donde, a besta corre a jogar upa
Pela sensação que não te indulta
A cara de santa, dessa santa puta
Qual beija a carne, sangue chupa
Cerra boca murcha, nunca cuspa
Morder o corpo, alma qual chuta
Este semblante, que tanto insulta
Quanto o remorso da sua disputa
Seu choro morto a sua voz entupa
Você é tão inocente quanto adulta
Todo esse dolo que aqui se imputa
De toda a tua paz que de ti usurpa
Valdívio Correia Júnior, 04/04/12