Florada
À Leila.
Acumulam-se assíduas pétalas no chão
de quaresmeira sedentária do lugar,
em sopros florescidos no meu país secular
- cachos lilases, espelhos da solidão.
Púbere em minhas veias, árvore singular,
desprendendo esperança sobre ilusão,
põe-me um sol diário no matiz da estação
- hormônio meu, no solo, por fim espalhar.
Primitivos amores dão viço à flor:
você, primavera primeira em mero rubi
- beijo de sangue em lábios inaugurais...
Quaresmeira é retinir repentino frenesi:
manhã da juventude desperta, mero lilás,
florindo exíguo ramalhete de sal e dor.
Poema escolhido do livro "Gênese de Poemas InVersos", Milton Moreira, 2004.
Acumulam-se assíduas pétalas no chão
de quaresmeira sedentária do lugar,
em sopros florescidos no meu país secular
- cachos lilases, espelhos da solidão.
Púbere em minhas veias, árvore singular,
desprendendo esperança sobre ilusão,
põe-me um sol diário no matiz da estação
- hormônio meu, no solo, por fim espalhar.
Primitivos amores dão viço à flor:
você, primavera primeira em mero rubi
- beijo de sangue em lábios inaugurais...
Quaresmeira é retinir repentino frenesi:
manhã da juventude desperta, mero lilás,
florindo exíguo ramalhete de sal e dor.
Poema escolhido do livro "Gênese de Poemas InVersos", Milton Moreira, 2004.