quão doce tu és, ó criatura! 

anjinho dos mais açucarados.

que me importam anos mal amado,

se hoje tenho esta grande ventura.

 

sinto minha face afogueada,

não gripe, é felicidade pura.

foram-se os anos da desventura,

porque contigo estou sublimado.

 

o nosso amor, sincero e latente

só me traz vinho de safra antiga

que degusto aos golinhos na mente.

 

vem, anjo, que antes já eras amiga,

com coração aberto e fremente.

vem... e com teu amor minh'alma irriga.

 

040412,

 

 
 
Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 04/04/2012
Reeditado em 04/04/2012
Código do texto: T3594037
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