quão doce tu és, ó criatura!
anjinho dos mais açucarados.
que me importam anos mal amado,
se hoje tenho esta grande ventura.
sinto minha face afogueada,
não gripe, é felicidade pura.
foram-se os anos da desventura,
porque contigo estou sublimado.
o nosso amor, sincero e latente
só me traz vinho de safra antiga
que degusto aos golinhos na mente.
vem, anjo, que antes já eras amiga,
com coração aberto e fremente.
vem... e com teu amor minh'alma irriga.
040412,