DUAS FACES
Eu sei! A todo o momento tu és dramática
Ah! E por um instante é a mera farsa
Ludíbrio coração sem qualquer tática
Um! Sucumbe se embriaga com a taça.
Enrosca como cobra e faz pressão
E em delírios implora de mansinho
Os carinhos que outrora tudo em vão
É quimera, teus braços o teu ninho.
E, taciturno o peito espedaçado,
Aos prantos chora e pede mil perdões
E outra vez eles ficam abraçados.
Em acalanto acalma tal penúria,
Mais uma vez em tudo continuar,
Até quando em teus olhos a lamúria.