DUAS FACES

Eu sei! A todo o momento tu és dramática

Ah! E por um instante é a mera farsa

Ludíbrio coração sem qualquer tática

Um! Sucumbe se embriaga com a taça.

Enrosca como cobra e faz pressão

E em delírios implora de mansinho

Os carinhos que outrora tudo em vão

É quimera, teus braços o teu ninho.

E, taciturno o peito espedaçado,

Aos prantos chora e pede mil perdões

E outra vez eles ficam abraçados.

Em acalanto acalma tal penúria,

Mais uma vez em tudo continuar,

Até quando em teus olhos a lamúria.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 04/04/2012
Reeditado em 04/02/2015
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