Rindo.

O homem pegou suas tralhas e se foi: Rindo.

O inimigo do homem saiu correndo e gargalhou.

O padre, o frei, o pastor rezaram a reza mais santa...

E eu apenas observei-os...

Rindo estava a criança que não sabe do seu fim.

Rindo estava o milionário, em seu intento ferrenho...

De colecionar seu haveres, sempre, sempre...

E eu então segregada pelo tempo: Chorei.

Ser ou ter, ganhar ou perder, tudo ou nada...

A verdade é que a morte está rindo...

Rindo de mim, de você, de todos...

Ter a paz que vem de Algo intrínseco...

Não é alienante destino, é apenas saber-se...

Anfitrião do riso...rindo!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 04/04/2012
Código do texto: T3593568
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