Vigiar...
Reflito a vida, triste, negra prisão,
Imenso anseio de coroar o amor,
Num esperar quieto na emoção,
Fremir o corpo, doido em clamor...
Oh! Fogo que contamina a razão,
Noite do desespero! Vil curador...
Não sou Mona Lisa em exposição,
Sou amante, fiel! Não tenho pudor!
Há um vazio frio nos meus braços,
Olho o silenciar dos meus passos,
Perdidos... Alucinados a procurar...
Sentir a melodia... Único compasso
Noite fria me abraça com seu laço,
Não deixa a morte me acovardar...