"DESESTABILIDADE EMOCIONAL"
Estou ‘jogando a toalha’ – já receio a vida
Que me sufoca e diminui meu espaço.
Estou até sentindo da morte o frio abraço
Tentando me desacreditar ou coisa parecida.
Os problemas são acúmulos, ao meu redor,
Porquanto eu tento, mas nada se me desvencilha.
Meu drama já angustia até minha família
Que só não me cobra mais pelo respeito maior.
Antes das tentativas, já me vislumbram os fracassos,
Que para vencê-los, haver-me-ia ser de aço,
Mas, pobre deste corpo: carne, osso e sangue...
Meu caminho parece ter o fim mais perto
Embora eu não receie ser este o destino certo
Que me foi traçado, quer aceite, quer me zangue...
(ARO. 1993)