Soneto sem Sentido

O sono pesa, recurva o corpo

adormece as pálpebras

a sede esvazia o copo

na boca vazia de palavras

no papel, rimas inexatas

versos desconexos

voando como baratas

ardem como nossos sexos

a beleza do impreciso

o choque do bizarro

a cárie no sorriso

o efêmero do cigarro

o desejo pelo que não preciso

lembranças em que me agarro

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 01/04/2012
Reeditado em 01/04/2012
Código do texto: T3588772
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