Soneto sem Sentido
O sono pesa, recurva o corpo
adormece as pálpebras
a sede esvazia o copo
na boca vazia de palavras
no papel, rimas inexatas
versos desconexos
voando como baratas
ardem como nossos sexos
a beleza do impreciso
o choque do bizarro
a cárie no sorriso
o efêmero do cigarro
o desejo pelo que não preciso
lembranças em que me agarro