EU CARRASCO, DA MINHA ESCRAVIDÃO
Cavo-me fundo no áspero castigo,
A que o meu corpo assim esquartejado,
Busca na vala da vergonha um abrigo,
E em boca negra da morte o eu execrado!
Oh! Não... Não me mates senhor carrasco...,
Antes que proves tu da navalha - o fio,
E sinta no bafo da morte um asco,
Dizer-lhe ser tua vida o eterno vazio!
Seríamos o cruel e o selvagem,
Que eu veria aos olhos teus em meu lugar,
Decapitado!..., a velar mesma imagem?
Mostro-lhe..., a dívida da carne a pagar
No sangue não inocente; é sem coragem
A sina e a escravidão..., um sem fim a vagar...!