EU CARRASCO, DA MINHA ESCRAVIDÃO

Cavo-me fundo no áspero castigo,

A que o meu corpo assim esquartejado,

Busca na vala da vergonha um abrigo,

E em boca negra da morte o eu execrado!

Oh! Não... Não me mates senhor carrasco...,

Antes que proves tu da navalha - o fio,

E sinta no bafo da morte um asco,

Dizer-lhe ser tua vida o eterno vazio!

Seríamos o cruel e o selvagem,

Que eu veria aos olhos teus em meu lugar,

Decapitado!..., a velar mesma imagem?

Mostro-lhe..., a dívida da carne a pagar

No sangue não inocente; é sem coragem

A sina e a escravidão..., um sem fim a vagar...!

Setedados
Enviado por Setedados em 01/04/2012
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T3588627
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.