Ladrões de Sonhos

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Quem me roubou o sonho de alvura casta?

Sonho esse que nutri com bravas rosas

E com papoilas de cores vistosas

Colhidas no seio da campina vasta!

Já a tristura no meu peito engasta

Carvões em brasa, gumes e impiedosas

Aflições nas sombrias e cancerosas

Noites, como em manhã treda, nefasta.

Quem, por tão malvados, sórdidos meios,

Furta a candura dos sonhos alheios

E se esvai em enigmas, como o nevoeiro?

Busco um nome, uma pista ou pegada,

Mas em vão caminho só pela estrada

Em busca do meu sonho derradeiro.

Adrianus
Enviado por Adrianus em 31/03/2012
Reeditado em 31/03/2012
Código do texto: T3587084