O Sol e a Lua
A vi como o Sol que aclarava a noite,
Eu a Lua que reluzia seu brilho,
No lago sua luz imagem branca em riste,
No alto meu sorriso cheio de amor despido.
E meu coração inanimado inflama,
Em admirar-lhe na crua escuridão,
Choque de astros que se deita e recama,
No desejo secreto do universo a imensidão.
Por isto me perdoa por às vezes eclipse,
Retirar-lhe do palco que é “todo” o dia,
Pois minha emoção egoísta castigo põe-se.
E no ressurgir na nótula boreal,
É quando se separa, comigo se divorcia,
Deixando-me estático sem sua coroa real.