CHULÉ DO PAPAI
Vou lhe contar um caso bem chato;
Como aconteceu mesmo, não sei!
Tropecei e Caí com nariz dentro do sapato
Do meu pai. Na hora mesma desmaiei.
Eu juro que não bati com a cabeça no chão,
Nem tão pouco eu também quebrei nada.
É que o chulé do papai, meu grande amigão,
Deixa qualquer uma criatura desacordada.
Parece que foi originado dum arroto de urubu
Depois de ter comido à vontade peixe podre cru
Encontrado naqueles lixões da grande cidade.
Depois que a putrefação em forma de gás
Ocupou meu nariz, achei que não seria capaz
De dar um tchau à morte com toda autoridade.
O FILHO DA POETISA