CHULÉ DO PAPAI

Vou lhe contar um caso bem chato;

Como aconteceu mesmo, não sei!

Tropecei e Caí com nariz dentro do sapato

Do meu pai. Na hora mesma desmaiei.

Eu juro que não bati com a cabeça no chão,

Nem tão pouco eu também quebrei nada.

É que o chulé do papai, meu grande amigão,

Deixa qualquer uma criatura desacordada.

Parece que foi originado dum arroto de urubu

Depois de ter comido à vontade peixe podre cru

Encontrado naqueles lixões da grande cidade.

Depois que a putrefação em forma de gás

Ocupou meu nariz, achei que não seria capaz

De dar um tchau à morte com toda autoridade.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 31/03/2012
Código do texto: T3586272