Baudelairiano
O mal tira da morte a cinza desdita
Aquele jogo que na sorte se perdeu
Do escombro o olhar daquela maldita
De Circe a boca hiante não comoveu.
Dos ósculos fies a desordem evita
No enterro do morto um feliz judeu
A horrível e velha estátua crepita
Um macilento desenho se rompeu.
Extinção de amores na plenitude
O tempo passa devagar na cidade
A esfera da morte aqui acre e rude...
Torpe embusteiro dessa Existência
Na memória do poeta a eternidade
No deleite bacante a temível glória!