Paixão Vespertina

Lhe ofereço repouso carinho e abrigo

Permito que entre em meu coração

que sejas bem-vinda ao cruzar o portão

porém não aprovo o que fazes comigo

Fui tolo ao pensar que vinha em auxílio

Com falsas promessas de amor outonal

Numa mão traz carícias e na outra o punhal

Num momento há o ardor e no outro o martírio

Queria eu saber se é vilã ou heroína

Uma hora é algoz e na outra é paladina

Meu consolo é saber que não duras pra sempre

Se entorpece um tempo isolada no ventre

Um dia morrerás minha paixão vespertina

Embora de ti ainda guarde a semente