UMA JOVEM CHORAVA
Odir Milanez
Uma jovem chorava... Parecia
que sua vida estava entregue à morte.
Por tanto pranto, o corpo estremecia
qual vela panda sob vento forte.
O sol se dava à sombra. Anoitecia.
O breu brotava os brotos da má sorte.
Uma jovem chorava. Enlouquecia.
A mente não lhe dava mais suporte!
Os postes ponteavam nos luzeiros,
enquanto a noite mística escondia
suas bainhas nos desvãos rasteiros.
Uma jovem chorava... Respondia
o vento vago, em seus refrãos mareiros,
chorando a cerração de mais um dia.
No limite dos sonhos derradeiros,
uma jovem chorava. Enlouquecia!
JPessoa/PB
28.03.2012
oklima