Na torre da vida...
 
Toda agonia que sinto no peito, o amor
Consome nas ânsias do meu andado...
Revivo e canto, de saudade choro, a dor
Que sinto das misérias do meu ornado...
 
Componho os outonos, sem que primor
Fizesse alguém em meu brocado...
Folhas caem, rosas consomem, o ardor
Que perdi nas angústias do meu negado...
 
E os espinhos sepulcrais da juventude
Estabelecem o tempo, que vive e morre,
No espaço da crueldade e da virtude...
 
Que sinto, e revivo, e choro por outra era,
Por ambição, o que quis noutra torre,
Os florais que perduram à minha espera...
 
(Poeta Dolandmay)



Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 28/03/2012
Código do texto: T3581029
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.