PERDÃO, SENHOR!

Perdão, Senhor, se te contrariamos tanto,
Mas, te rogamos, devolve a água aos nossos rios.
É tão ingrata nossa luta; os desafios.
Mães e crianças famintas; amaro é o pranto.

Da ave do aviário, não ouço mais seus pios;
O lago está seco, atijolado, garanto,
A vida continua na terra, no entanto,
Sangra assaz a sua alma no fim deste estio.

Jovens e idosos, a segurança indefesa.
De mãos ´postas, te rogamos de mente aberta,
Porque sem água não há pão na nossa mesa.

Dá-nos a graça, Senhor, de entender teu alerta;
ver melhor o que foi feito da natureza,
em lendo a terra em brasa, com sede e deserta.

250312

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 28/03/2012
Reeditado em 28/03/2012
Código do texto: T3580447
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