Ode a Pessoa
 
 
 
No Castelo, no imenso velho castelo
Do grande Largo da Feira da Ladra
D’onde bem distante, lá do alto, velo
A praça, as ruas, o império e a quadra.
 
Ruínas e recordações dos Mouros...
Canhões velhos, sem movimento
Pessoas encantadas: loiras e loiros...
Carros negros na rua do convento.
 
Olhos vestidos de lentes negras
Encantadas e assobradadas vielas
Trilhos de bonde, línguas gregas...
 
Ode a Pessoa, ao seu bigode e às velas
Que alumia suas letras e retretas!
Que viva o fado, a Alfama e as donzelas!
 
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 28/03/2012
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