Fazenda
Punha olhos para aquelas terras dispersas
porque o horizonte tingia em azul tanto verde.
O céu guardava nas macaúbas as conversas
dos santos preguiçosos, estirados em redes.
- Na gentileza de nossa casa, Santa Etelvina
era fazenda e, no salão, retratinho de parede.
Revoada de anus e andorinhas na campina;
o gado indo do cocho ao barreiro molhar a sede.
Bandos de guaxes e laranjais do quintal,
perfume silvestre e borboleta multicor,
tina de água e as roupas velhas no quarador.
- Vi luz na choupana, num rugido de amor,
um chorar estridente sobre a terra natal:
sobre os campos, gravado o meu hino inaugural.
Punha olhos para aquelas terras dispersas
porque o horizonte tingia em azul tanto verde.
O céu guardava nas macaúbas as conversas
dos santos preguiçosos, estirados em redes.
- Na gentileza de nossa casa, Santa Etelvina
era fazenda e, no salão, retratinho de parede.
Revoada de anus e andorinhas na campina;
o gado indo do cocho ao barreiro molhar a sede.
Bandos de guaxes e laranjais do quintal,
perfume silvestre e borboleta multicor,
tina de água e as roupas velhas no quarador.
- Vi luz na choupana, num rugido de amor,
um chorar estridente sobre a terra natal:
sobre os campos, gravado o meu hino inaugural.