Súplica de amor
Edir Pina de Barros

Depois? Depois não sei! Hão de passar os dias
e o tempo me dirá e nos dirá a vida
se o sonho que sonhei - por ti, de amor, perdida –
transformará em dor as minhas alegrias.

Não sei! Depois não sei... E nem darei guarida
à dúvida cruel, fonte de covardias,
pois hoje quero a luz, desejo as calmarias
dos belos arrebóis e a paz neles contida.

Não me perguntes, não, o que virá depois.
Por que me perguntar? Isso não faz sentido!
Ai! Deixa-me te amar sem nada perguntar,

sem nada a me tolher. Quero sentir nós dois,
viver esta paixão que nunca eu hei vivido.
Depois?! Eu não sei, não, se vou sorrir, chorar.
 
Brasília, 27 de Março de 2012.
Pura chama, pg. 19



 
Grata poeta  ÂNGELA FARIA DE PAULA LIMA pela bela interação!

 
NÃO ME PERGUNTE

 Depois? Depois eu sei que a vida nos diria
Que o sonho de amor nunca será perdido
Pois o amor constrói, transforma e inebria
E que amor e dor não fazem mais sentido

Não tema se o amor parece passageiro
Acalma o coração. Que a paixão floresça!
Arrisca a tua sorte! Atira-te ligeiro!
Deixa que luz em teus olhos resplandeça!

Não me pergunte mesmo o que virá depois
Deixa que flua o ardor, deixe que flua a paz
Das almas e dos corpos e sumos de nós dois

Viva como se nunca pudesse haver a Dor
Porque depois verás -verdade que apraz-!
Que só a paixão morre... E dá lugar ao amor!...


(Resposta do amado à súplica d'amor)
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/03/2012
Reeditado em 25/03/2017
Código do texto: T3579577
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.