O sofrimento solitário.
Oh covarde sentimento que nada no mar,
Vem com o vento pela praia e desce
Até o coração do recitante desta que o ar
Transporta as palavras que o mar esquece...
Mas por que ficam bravas as mulheres que me escutam?
Não são lágrimas de homem, serenas, astutas,
Que nas palhas dos coqueiros balançam, desfrutam
Solitariamente da água, sem nem amar as putas...
Sim, eu sei o destino das plagas que ali jazem,
Quando batem-se corpos de amantes na praia,
Mas por que vejo o que os felizes fazem?
São uivos, gemidos, que se misturam às vaias
Que os amantes soltam quando calados dizem
Que o meu choro é dizer para que do meu coração a Musa saia...