Frutos da Esperança


Tenho vagado assim, envolto em brumas...
Minhas passadas lentas e indecisas,
Pisam a solidão como quem pisa
A insensatez fugaz de um chão de espumas!

Em busca do prazer, do amor, de alguma
Doce ilusão, que acalma ou martiriza;
Tenho vivido só, vida concisa,
Não sinto a solidão, nem dor nenhuma!

É como se na vida me bastasse
Viver em paz, cada manhã que nasce,
À margem do que a vida me oferece!...

E vou colhendo os frutos da esperança
Em cada olhar furtivo de criança
Para doar, depois, a quem merece!...

Ciro Di Verbena
Enviado por Ciro Di Verbena em 27/03/2012
Reeditado em 27/03/2012
Código do texto: T3579160
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