VELHA HISTÓRIA

Por adultério, o esposo a esposa, um dia,

Do Tribunal às barras leva, crente,

Para castigo ao crime repelente,

Nas sábias tramas da advocacia!

E eu que ao casal de consultor servia,

Fui chamado a depor incintinenti...

E vendo o pobre esposo tristemente

E a esposa que em pudor se consumia;

E ela com a longa cabeleira solta.

Lábios cerrados, colo nu, revolta,

Pensando num seu ídolo qualquer,

Nada pude fazer, pois, horas antes

Eu provara, na alcova dos amantes,

Os beijos bacanais dessa mulher!...

Salé, novembro de 1998 Lucas