À SOMBRA DA BANANEIRA
Paços de Ferreira, 1 x F. C. do Porto, 1
Naquelas fiáveis e virgíneas intenções
Das quais todo o projecto humano em si faz parte
Sobejam quase sempre estranhas sensações
Que por vezes destroem todo o engenho e arte.
Cabem nesta verdade as crenças enfatuadas
Transportando em seu bojo a falsa convicção
Que toda a gente já decorou a lição
E deixa-se o marfim correr pelas estradas.
Canta a cigarra e vai coçando a barriga
E a pior labuta essa fica p’ ra formiga
Ensina a tradição em séria brincadeira.
É bem fácil tirar daqui a resultante:
Por água abaixo tudo corre num instante
Quando alguém dorme à sombra da bananeira!
Frassino Machado
In RODA VIVA