Soneto de Paz
"Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sangüínea e fresca a madrugada..."
(Raimundo Correia)
Lembro-me dos meus Sonhos que, dormidos,
Já despertam no fim das Madrugadas.
Em Sono - são quais Pombas acordadas.
Em Luz - voam em Vento... Adormecidos!
No silêncio das Noites, escondidos,
Sonhos passam por Brisas bem pensadas.
Quanta Paz nestas Horas bem passadas...
Quanta Paz nestes Passos tão sentidos!
Oh! Quem me dera ao menos uma vez
Tocar a Mão d'aquilo que, talvez...
Seja o Pintor que borda o Céu d'Estrela!
Talvez eu tocasse a Ave que, do Leste,
Vai circundando a Abóbada celeste...
A fim de, em Paz, ter Paz... Sem conhecê-la!
Decassílabos heroicos
26/03/2012