Nômade noturnal
 
Noturna caçadora de quimeras,
que andeja a palmilhar milhões de estrelas,
sonhando, dentro d’alma, sempre tê-las
nas noites de luar das primaveras;
 
boêmia e solitária, feito a lua,
demais tristonha, nômade, menina,
vagando nas estrelas – dura sina –
perdida vai, de si, distante e nua.
 
E pisa os astros do sidéreo espaço
sem ter qualquer temor, qualquer cansaço
no seu constante e errático andejar...
 
Na estrelejada noite segue adiante,
a lua refletida em seu semblante,
buscando dentro d’alma luz, luar.
 
Brasília, 26 de Março de 2012.

Livro: SONETOS DIVERSOS, pg. 34
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 26/03/2012
Reeditado em 19/08/2020
Código do texto: T3576178
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.