ASSUMIDA
Vieste para mim, e eu te reconheci por tua risada,
Por teus olhos tão cálidos, tão verdes,
Por tua carícia discreta, premeditada,
Tão cândida num balouçar — na rede.
Agora me deitas, e me atemorizas, e me alicias!
Mulher meiga de antes, agora és fiel e és fera
Meiga, meiga fera em boa-noite de espera,
Quando voltas sorrindo e contigo trazes bom-dia.
Agora, a meiguice de antes, quem dissera!
És meiguice que, fiel, voltas despida;
Agora, voltas carinhosa em fios de quimera,
E, para a minha vida solta, rejuvenescida,
Agora sopras calor e acalento, assumida,
— Sempre, agora e depois, radiosa primavera!
Vieste para mim, e eu te reconheci por tua risada,
Por teus olhos tão cálidos, tão verdes,
Por tua carícia discreta, premeditada,
Tão cândida num balouçar — na rede.
Agora me deitas, e me atemorizas, e me alicias!
Mulher meiga de antes, agora és fiel e és fera
Meiga, meiga fera em boa-noite de espera,
Quando voltas sorrindo e contigo trazes bom-dia.
Agora, a meiguice de antes, quem dissera!
És meiguice que, fiel, voltas despida;
Agora, voltas carinhosa em fios de quimera,
E, para a minha vida solta, rejuvenescida,
Agora sopras calor e acalento, assumida,
— Sempre, agora e depois, radiosa primavera!