A um poeta amigo

Pensei, amigo Henrique, em ofertar-te,

Neste dia de hoje, algum presente -

Talvez as brônzeas trípodes que a gente

Helênica forjava em grande arte;

Ou, quiçá, de bom gume uma espada,

Mui bela de se ver e toda argêntea,

Com exceção do punho, tão-somente,

Que ali seria em ouro cravejada.

Infelizmente, amigo meu, se foi

O tempo dos heróis de grande glória,

Dos reis pastores-d'homens, e de aristoi.

Restou-me dar-te o fruto da Memória,

Um poeminha, ao qual - peço - perdoes,

Porque nem mesmo conta boa história!

(www.eugraphia.com.br)

Leonardo Antunes
Enviado por Leonardo Antunes em 24/01/2007
Código do texto: T357559