JÁ NÃO EXISTEM FLORES.
soneto- 79.


Melancólico e indiferente ali assentado,
Gasta seus dias em confino de abandono,
À mente vêm-lhe as memórias do passado,
Tão apático a penar qual cão sem dono.

Seu ser pressente que está vindo lentamente,
A triste hora que cada ser tem que encarar,
Sente-lhe a vida que se esvai infindamente,
Extrema angústia deixa-o a suspirar.

Mareja-lhe os olhos ao lembrar-se dos amores,
Das conquistas, frustrações e dissabores,
Atormentando-lhe o espírito triste hora.

A claridade dos olhos se embaça com o pranto,
E o frígido acaso o cobrirá em negro manto,
Negro momento em que tudo vai embora.

Cosme B Araujo.
24/03/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 24/03/2012
Reeditado em 25/03/2012
Código do texto: T3573108
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