Castidade
 
Fizeste de mim um arrebol bendito,
Do meu amor um feitiço imaculado...
Da minh’alma de crença o pecado
Fez-se de paixão um cerne erudito...
 
Fizeste de meu corpo teu bem restrito
Abrasado ao perfume de seu andado...
E do meu sentimento, conspirado,
Notou-me em versos teu feito infinito...
 
O meu espírito se mantém aceso,
Desde outrora ao notado em que nasci,
Desde que eu vivo a desventurar...
 
Que sol que nasce, em que sol avesso,
Em que casto tempo, em qual vivi,
Em qual vida, amor, vou te encontrar...
 
(Poeta Dolandmay)



Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 24/03/2012
Reeditado em 30/04/2012
Código do texto: T3573107
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