Não posso!

Não posso sorrir para tudo que se apresenta cruel...

Não posso sentir brisa fresca umedecendo meu dossel...

Meu lastro é sangue, vertido por mim...e que destino...

Esse meu, onde brinco de ser feliz.

Não devo correr entre imagens passadas e retidas.

Não devo sentir que o meu sonho desvaneça...

Ele é surreal e real ao mesmo tempo: Dentro da cabeça.

E não poder sorvê-lo agora me faz avessa...

Avessa a um mundo cheio de ceticismo e largueza...

De fatos consumados e devaneios acostumados...

E então escrevendo aqui, em meio a um tédio santo.

Não posso! Nao posso! Não posso! mais viver.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 23/03/2012
Código do texto: T3570725
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