SONETO A NINFOMANÍACA
SONETO A NINFOMANÍACA
A vulva hirsuta arde, pulsa desejosa pelo colosso nerval.
Na tez rúbida o clitóris chora a piedade do dedo punhal
Sua arcada dentária está na mamária marcando sua sanha
E o consolo que ia e vinha,... Empaca na tua entranha...
Goza, mas não é suficiente para saciar teu desejo fremente
Sai à caça do antídoto deletério que espantará a tua doença
Pouca importa o grupo, a espécie, o espécime ou a crença
Quer toda serpente, divertindo-se no útero do teu ambiente.
Tornou-se vulgar e incoerente expõem-te a todo tipo de DST
No bairro é conhecida como “derruba pau”... É a vergonha familiar
Ninguém a compreende, mas sabes até onde essa insalubridade vai te arrastar.
Retrogredindo miraculosamente à consciência vê-te mácula...
Não desista, vá em frente, creia em ti, tua disfunção tem tratamento!
Encontrará um verdadeiro sentimento, para todo teu sofrimento.
CHICO DE ARRUDA.