SONETO CORREDORES INDECENTES

SONETO CORREDORES INDECENTES

Inalando o cheiro da liberdade

Nas mil fodas nas noites de dia

O enfermo das grades da castidade

Goza seus jatos de sangue com rebeldia.

As mãos calejadas na solitária da masturbação

No sonambulismo suarento da cela prostituta

Vê a insônia na vagabundagem das ruas da solidão.

O farto cardápio desafia-o à sela no catre de uma puta,...

Rebola oral, vaginal e anal, prisioneira da tua carteira.

Presencia o abissal destino das analfabetas do amor

A fricção libidinosa que tanto desejava, é agora dor.

Volta a criminar, rasga e despreza o alvará de soltura

Vê que a sociedade meretrícula é o presídio da amargura

E que há mais moral nos corredores indecentes de uma mesma prisão.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 22/03/2012
Código do texto: T3570310
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