Soneto do Eu (Seu?)
Beira a loucura o meu excesso de expressão
Beiro a minha alma quando canta o coração
Espero tua fala enquanto escrevo uma canção
O exílio do poeta é o ápice da emoção
Cada gota que eu penso é um oceano de razão
Que deságua em outro mundo repleto de emoção
A sanidade que almejam eu recuso de antemão
Minha ganância é a de Eva, minha ânsia é a de Adão
No âmbito de crer na coragem e na ação
Desvendo-me primeiro como um rito comunhão
Desmembro-me como o cálice que o padre tem em mãos
Amplio os horizontes e reverto a dor em sumo
Exorcizo os meus demônios, como pauta uso o absurdo
E os sonhos do EU louco aguardam pelo futuro.