Soneto do Eu (Seu?)

Beira a loucura o meu excesso de expressão

Beiro a minha alma quando canta o coração

Espero tua fala enquanto escrevo uma canção

O exílio do poeta é o ápice da emoção

Cada gota que eu penso é um oceano de razão

Que deságua em outro mundo repleto de emoção

A sanidade que almejam eu recuso de antemão

Minha ganância é a de Eva, minha ânsia é a de Adão

No âmbito de crer na coragem e na ação

Desvendo-me primeiro como um rito comunhão

Desmembro-me como o cálice que o padre tem em mãos

Amplio os horizontes e reverto a dor em sumo

Exorcizo os meus demônios, como pauta uso o absurdo

E os sonhos do EU louco aguardam pelo futuro.

J G F
Enviado por J G F em 22/03/2012
Código do texto: T3569456
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