INSÔNIA

A noite armadilhava uma cilada,

a luz temporal, fosca..., atormentava!

O assombro que anunciava na calada,

Não escondia marosca que passava!

As falenas pairavam na penumbra,

As corujas espreitavam pelos cantos,

morcegos sobrestavam sem vislumbra,

ponteiros espreguiçavam vezes enquantos...

para completar todo azar macabro,

rasga no céu, relâmpagos medonhos

que ao estrondo de seu engodo descalabro,

ressaltam em mim gritos âmagos bisonhos!

Sem alguma cerimônia, nasce o dia!

Esqueço toda insônia e sua agonia!