Pálida Virgem
Quando a vi em sua pálida ingenuidade,
Com as costas cobertas pelas espáduas,
Levei aos lábios um fervor de mocidade,
Em minhas siderações tão árduas
E teus olhos luzem como dois faróis,
Nas trevas que embriagam meu ser,
Tua voz! São os silvos dos belos rouxinóis
Pela tua alma, eu queria então viver!
Perdão, se assim murmuro tanto,
Nas terras que tenho por cá,
Se te amei?Sabe Deus o quanto
Suspirou triste o nobre sabiá,
Dos sonhos me tornei um santo
Calado neste meu solitário canto!