Pálida Virgem

Quando a vi em sua pálida ingenuidade,

Com as costas cobertas pelas espáduas,

Levei aos lábios um fervor de mocidade,

Em minhas siderações tão árduas

E teus olhos luzem como dois faróis,

Nas trevas que embriagam meu ser,

Tua voz! São os silvos dos belos rouxinóis

Pela tua alma, eu queria então viver!

Perdão, se assim murmuro tanto,

Nas terras que tenho por cá,

Se te amei?Sabe Deus o quanto

Suspirou triste o nobre sabiá,

Dos sonhos me tornei um santo

Calado neste meu solitário canto!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 22/03/2012
Código do texto: T3568453
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