Mar de ilusões
O pensamento do passado veio me perguntar
Se meu coração é gelado mais por tentar
Tornar-me uma estátua metafórica no mar
De ilusões que eu vou recriar...
Mas só restam algumas fantasias entre tantas
Esquecidas pelos adoradores do cotidiano
Normal, sem o zelo pelas coisas que cantas
Tu, Musa Imortal que eu não profano...
Mas as gaitas cantam um passado que eu não vivi
Nem todos os homens que eu jamais vi
E que talvez já nem existam por terem sido vãos...
Mas persistem a fé, a esperança e o amor que eu antevi
Nas cordas que ligam os corações que eu inscrevi
Na árvore das paixões que os deuses sonhar vão...