ESCOLAR
À Terezinha.
 
 
 
  
Nostalgia e alarido fluem como recreio.
Nove e meia da noite, o sino que mais almejo:
intervalo de aulas – e eu procuro um meio
de ficar a dois passos da musa do colégio.
 
 
Imponente, desfila por sobre meu riso bege
a contumaz alegria do batom vermelho,
que prende na rima uns cachos do cabelo...
A uma confidente se abraça, se protege!
 
 
Amanhã serei seu par!...  Ai, sonho compete
com a elegância de nossas bolas de Chiclet
- displicentes carícias de lábios inaugurais.
 
 
Tantas ilusões, provas e exames colegiais!...
O dropes de menta, o rascunho da cola,
as moças de uniforme e os amores da escola.



Poema integrante do livro "Gênese de Poemas InVersos"
Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 20/03/2012
Código do texto: T3565782
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