MIGALHAS
Os amores que temos são de fato mínimos
- estes que julgamos amar eternamente -,
brotam medrosos, ardem tão de repente,
e passam súbitos e não os possuímos.
Nosso amor imenso, tão pequenino,
assim perdura: é caravela descrente
com ousados ataques piratas: a gente
numa ilha ancorada a meio caminho.
Afinal, que restou do teu confete
- dourada quimera da minha glória -
que vem, por fim, rever nossa trajetória?
É partilha: saldo do quanto me deste...
Aceito o teu rancor, acata minhas dores;
de fato, mínimos são os amores!
Poema integrante do livro "Gênese de Poemas InVersos
Os amores que temos são de fato mínimos
- estes que julgamos amar eternamente -,
brotam medrosos, ardem tão de repente,
e passam súbitos e não os possuímos.
Nosso amor imenso, tão pequenino,
assim perdura: é caravela descrente
com ousados ataques piratas: a gente
numa ilha ancorada a meio caminho.
Afinal, que restou do teu confete
- dourada quimera da minha glória -
que vem, por fim, rever nossa trajetória?
É partilha: saldo do quanto me deste...
Aceito o teu rancor, acata minhas dores;
de fato, mínimos são os amores!
Poema integrante do livro "Gênese de Poemas InVersos