DELEITE
Confesso, sempre foi o meu deleite
Ser rima para o verso que tu teces
Eu sei que Deus ouviu as minhas preces
E sempre abasteceu-me com azeite.
Que importa, se da dádiva, um enfeite...
Talento até me falta, mas benesses
Da alegria farta destas messes,
Convence, que ao teu lado, em paz me deite.
No mais quero que o circo pegue fogo
Se ouves o meu rogo, estou na boa
Destino que nos cabe, não destoa.
Tu versas e na rima empato o jogo
Intercalando aos teus os meus gemidos
Traduza o que quiser, esses bandidos.