DELEITE

Confesso, sempre foi o meu deleite

Ser rima para o verso que tu teces

Eu sei que Deus ouviu as minhas preces

E sempre abasteceu-me com azeite.

Que importa, se da dádiva, um enfeite...

Talento até me falta, mas benesses

Da alegria farta destas messes,

Convence, que ao teu lado, em paz me deite.

No mais quero que o circo pegue fogo

Se ouves o meu rogo, estou na boa

Destino que nos cabe, não destoa.

Tu versas e na rima empato o jogo

Intercalando aos teus os meus gemidos

Traduza o que quiser, esses bandidos.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 20/03/2012
Código do texto: T3564929