AMOR FRATERNAL
Eu sinto em meu viver um doce amor ardente.
Com toques mui sutis, busca sempre um amigo
que lhe sirva de pouso e seja confidente.
E nesta caminhada assim tão terna eu sigo,
Certas horas, porém, estou muito afligente,
lembrando com tristeza aquele amor antigo
que com grande carinho era sempre presente,
tornando a minha vida um carinhoso abrigo.
Mas encontro, na minha estrada de ilusão,
uma figura meiga a segurar-me a mão,
trazendo para mim muita felicidade.
E eu tenho agora, então, momentos de esplendor
que me trazem de volta um enorme fervor,
fazendo-me viver feliz fraternidade!
( Soneto alexandrino)