SONETO TEMPOS MODERNOS
SONETO TEMPOS MODERNOS
É tanta utensilagem inútil, muitos carecem de tão pouco
Reclamamos da falta de um suposto “bem útil”
Mas, a prioridade por conhecimentos é inconsútil
A mente do homo sapiens acostumou-se como tarouco.
Os diálogos juvenis contêm crassos erros de português
Várias tribos usam gíria para distinguir-se do freguês.
Nem mesmo o computador os incentiva à leitura!
Eles se aprazem numa poligamia por uma vã aventura...
Abalroam-se em estádios, colégios, bares e ruelas das cidades
Consomem drogas para fazer despertar suas incapacidades
E ao chegarem a casa, reclamam do tempero da comida da mamãe...
Do tênis da moda que o papai não comprou, da TV do seu quarto que pifou.
A mediocridade está assolando com pedagogia a nossa sociedade
E no futuro, o novo ser humano, sentirá saudades do que depreciou.
CHICO DE ARRUDA.