Boa noite
Seus olhos de avelã estavam cerrados.
Os lábios rosados que perderam a cor,
Agora permanecem sempre calados
Incapazes de transmitir sua dor.
Seus dedos esguios se entrelaçavam.
Sinto falta daquelas mãos deslumbrosas,
Que ardentes me exploravam
Em meio de noites prazerosas.
E seu findo corpo nada virginal,
De um deus meramente mortal,
Descansa em um leito de terror.
Não grafei nenhuma mensagem bíblica,
No jazigo apenas deixei a minha suplica:
"Me leve em seus sonhos, meu amor".