feliz cotidiano
Feliz cotidiano
Pisando sobre as ralas minuanas
adentrei-me prazenteiro na querência
e beijei minha alcíone, rara chama
que esbraseava minha fúlvida existência.
O fogão queimava as lascas de caiabana
e no fumego da panela vinha a essência
do louro no feijão, do bacuri e da banana
frita no óleo de coco com paciência.
Um menino azougue saltava-me num abraço
limpando a boca do mel de arapuá
e uma menina airosa adorna-se de mirassóis.
É tudo que preciso se me sinto lasso
e corre-me a vida como meu ubá;
retardamo-nos no tempo sob azuis lençóis.