feliz cotidiano

Feliz cotidiano

Pisando sobre as ralas minuanas

adentrei-me prazenteiro na querência

e beijei minha alcíone, rara chama

que esbraseava minha fúlvida existência.

O fogão queimava as lascas de caiabana

e no fumego da panela vinha a essência

do louro no feijão, do bacuri e da banana

frita no óleo de coco com paciência.

Um menino azougue saltava-me num abraço

limpando a boca do mel de arapuá

e uma menina airosa adorna-se de mirassóis.

É tudo que preciso se me sinto lasso

e corre-me a vida como meu ubá;

retardamo-nos no tempo sob azuis lençóis.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 23/01/2007
Reeditado em 19/02/2007
Código do texto: T356337