ESPERANÇA
O que virá tão só por si colore sonhos
Semeia risos onde só a dor floria
Concede versos para a nova poesia
Pintando a tela de amanhãs belos, risonhos.
Só fantasia, que importa os muitos anos
Amortecidos pela espera, a paz traria
Permitiria alguma chance de alegria
Doce ilusão que se faz vício dos humanos.
Depois quem sabe? Nisto, enfim, mais não me atenho
Levito leve pelo verde, azul ou rosa
Que colorir meu sonho e tudo e essa prosa...
Deixo seguir os brancos dias neste empenho
E sem deixar de crer ou rebater essa peteca
Um verso livre eu arrisco, bem sapeca.