ESPERANÇA

O que virá tão só por si colore sonhos

Semeia risos onde só a dor floria

Concede versos para a nova poesia

Pintando a tela de amanhãs belos, risonhos.

Só fantasia, que importa os muitos anos

Amortecidos pela espera, a paz traria

Permitiria alguma chance de alegria

Doce ilusão que se faz vício dos humanos.

Depois quem sabe? Nisto, enfim, mais não me atenho

Levito leve pelo verde, azul ou rosa

Que colorir meu sonho e tudo e essa prosa...

Deixo seguir os brancos dias neste empenho

E sem deixar de crer ou rebater essa peteca

Um verso livre eu arrisco, bem sapeca.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 18/03/2012
Reeditado em 18/03/2012
Código do texto: T3562341