SELVAGEM
Vem pousar comigo, doce passarinho,
Sem receio de aninhar-se, vive a entrega.
Traz a calma e, na certeza de um afeto,
Solução para o vazio que existe em mim.
Mas espero a agitação e o burburinho,
Teu amor na minha vida, rude e cega,
E o calor sem intermédio, tão direto.
Quero o luxo do teu cheiro de jasmim...
Bem selvagem, chega assim ao meu regaço
E transforma o mundo apático e sem graça.
Vira tudo de cabeça para baixo!
Diz então, nesse teu tempo, como encaixo
E, nos moldes do teu corpo, vem, me abraça,
Na voragem dos carinhos que te faço.
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