SONETO SINÁPTICO

Soa-me aqui um soneto sináptico

Correntes que expressam toda a minha emoção,

Por entre as fendas dos meus versos lunáticos...

Transcrevo na noite... a luz da lua, em vão!

São tantas as estrelas que resgatam lá fora

Acima do cimo da grande escuridão

Sinapses foscas das rimas de outrora...

Que lançam sinais dentro do meu coração.

Na lua aturdida, sob o meu verso lunático

Que tenta brilhar por tantas conexões,

Há sempre um escape dum poema catártico

Que busca no céu ampliar seus clarões.

Se soa ao léu um soneto sináptico...

Decerto meus versos são só solidão.