NOS BRAÇOS DA SAUDADE
Sá de Freitas
Olhando pelas frestas dos meus dias,
Que já se foram pela vida afora,
Apenas vejo a luz daquela aurora
Da juventude, em sobras fugidias.
E agora a enfrentar as noites frias,
Neste vazio em que minha alma chora,
Busco os momentos que já foram embora,
Mergulhando a memória em fantasias.
Ah! Tempo que se foi! Por que deixaste
Essas recordações, por que guardaste
Tantas coisas da minha mocidade?
Resta-me agora, após lindas andanças,
Adormecer no leito das lembranças
E acordar nos braços da saudade
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil
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