FALTA – II
 
 
 
 
 
Tua falta é imaginária, sem graça:
pisou sobre o canteiro do jardim
em ronda por nossa vidraça,
permaneceu, apossou-se de mim.
 
 
Tua falta é mulher dissoluta:
arremessa-se em meu leito
e mergulha com beijos no peito,
no púbis... Carência maluca.
 
 
Faz sexo de compromisso
tua falta aos gritos, suores e gozo
num rígido abraço de ouriço.
 
 
Tua falta é caso de calamidade:
Pratica amor doloroso

além da cama, fora da cidade.



Poema integrante do livro "Gênese de Poemas InVersos".
Milton Moreira
Enviado por Milton Moreira em 17/03/2012
Código do texto: T3559002
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